Em 2018 tivemos mais de 228 mil financiamentos para compra ou construção de imóveis. Conheça mais sobre o assunto e tudo o que cerca essa negociação!
O que é?
Crédito imobiliário é uma linha de crédito oferecido por instituições financeiras para a compra, construção ou reforma de imóveis, seja habitacional ou comercial.
Em fevereiro de 2019, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e
Poupança (Abecip) anunciou o aumento de 30% na comercialização de imóveis em 2018, em comparação com o ano anterior.
Crédito x Financiamento
Para começar, é importante entender a diferença já que ambos são linhas de crédito, mas com finalidades diferentes. O financiamento deve ser usado para compra de bens específicos, enquanto o crédito pode ser para qualquer situação, como cobrir despesas.
Créditos costumam ter um processo de aprovação mais rápidos, pois alguns são considerados pré-aprovados. Como este método gera um risco maior para a instituição, os juros tendem a serem mais caras. No caso do crédito consignado, existem menos taxas, mas o valor é descontado direto do salário mensal.
Quanto ao financiamento, que é voltado para a compra de bens como carros ou imóveis, o processo é mais demorado. A instituição faz não somente a análise normal do cliente, mas também investiga a documentação do bem a ser adquirido, avaliando o valor do item no mercado e se a solicitação está de acordo com a renda do indivíduo.
No financiamento, o item em negociação pode ser usado como garantia ou outro bem, já quitado, em forma de garantia. Nessa modalidade, os juros são mais baixos e você pode juntar sua renda com a de familiares para conseguir valores mais altos.
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Como funciona na prática?
Após aprovado o crédito, o banco paga ao vendedor o valor pedido e, a partir disso, o comprador deverá pagar ao banco uma mensalidade. O valor e o período estabelecido em contrato variam de acordo com o total do financiamento e com a instituição. A pessoa já passa a ser dona e poder usufruir do bem, mas sem poder negociar o imóvel com terceiros antes de quitar a dívida.
As parcelas do financiamento são formadas pela amortização, juros, seguro de morte e invalidez permanente, seguro de danos físicos ao imóvel e taxas administrativas.
A amortização é o pagamento do dinheiro emprestado pela instituição financeira. Por isso, o saldo devedor diminui de acordo com o valor da amortização e não com o valor total pago da parcela, já que o mesmo inclui outras taxas não relacionadas ao valor financiado.
As principais formas de pagar o valor da mensalidade são: o Sistema de Amortização Constante (SAC), o Sistema Francês de Amortização, também conhecido como Tabela PRICE, e o Sistema de Amortização Crescente (SACRE).
No primeiro modelo, o SAC, as parcelas são decrescentes, o saldo devedor diminui fixamente a cada pagamento; mas o valor dos juros é variante.
Na tabela PRICE as parcelas são fixas, mesmo com o valor da amortização aumentando e as taxas diminuindo. Por exemplo, se no primeiro mês você paga R$ 1.000 odo financiamento e R$ 500 de juros, no segundo mês você pagará R$ 1.100 de amortização e R$ 400 de juros, mas o valor total das parcelas continua sendo R$ 1.500 reais.
A principal característica do SACRE é o aumento das parcelas de acordo com o tempo de financiamento. Este sistema é o que tem menos juros, por conta desse aumento mensal do pagamento.
Sistemas de Financiamento
Existem dois modelos de financiamento imobiliário: o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o que permite o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
O SFH tem o valor máximo estipulado em 90% do preço do imóvel e a prestação só poderá comprometer até 30% da renda mensal do cliente. Este modelo só pode ser oferecido para pessoa física. O prazo para pagamento não poderá passar de 420 meses, ou seja, 35 anos. As parcelas são formadas pelo valor mensal do financiamento mais as taxas de juros e a TR (Taxa Referencial).
Existe também o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), para imóveis comerciais ou com valores acima de R$ 750 mil, caso estejam localizados em Minas Gerais, Rio de Janeiro ou São Paul. Nos demais estados, o teto é de R$ 650 mil. Somente a instituição financeira poderá decidir se o imóvel se enquadra neste formato.
Este sistema pode ser oferecido para pessoas físicas ou jurídicas. O crédito varia entre 80 a 90% do preço total do imóvel e o prazo para pagamento também é de 35 anos, mas os juros são mais altos que as outras modalidades.
Mas atenção...
Vale ressaltar a importância de se pesquisar sobre o os bancos e as regras do financiamento de cada um. Estude bem todas as simulações que fizer, tire todas as suas dúvidas antes de tomar a decisão e não se esqueça de fazer as contas, veja se realmente está preparado para assumir um compromisso financeiro de longo prazo.
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